segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Resumo de palestras

MARIA EMÍLIA CARVALHO DE MATOS DINIS
Especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica; em 2006 adquiriu o grau de Mestre em Ciências de Enfermagem do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar e, neste mesmo ano concluíu o curso de Pós-Graduação em Gestão de Serviços de Saúde.
Actualmente desempenha funções na Unidade de Cuidados Intensivos Coronários do Hospital S. Pedro Vila Real onde presto Cuidados de Enfermagem ao doente cardíaco.
RELAÇÃO ENFERMEIRO/DOENTE TERMINAL: DAS DIFICULDADES SENTIDAS ÀS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS – UMA HISTÓRIA DE VIDA

A relação com o doente em fase final de vida não é uma relação pacífica. Afastamo-nos física e emocionalmente daqueles que têm um prognóstico de morte porque despertam os nossos medos em relação à morte e ao processo de morrer. As dificuldades sentidas pelos enfermeiros perante os doentes terminais, largamente identificadas por diversos autores, levam a comportamentos menos adequados conduzindo a cuidados desajustados às necessidades dos doentes nos hospitais.
Sendo estas as motivações centrais para a realização do estudo, afigurou-se-nos importante compreender como vivenciam os enfermeiros as experiências de cuidar de um doente terminal.
No que concerne às preocupações metodológicas pensamos que o recurso à história de vida constituía uma aposta na tentativa de compreender as vivências dos enfermeiros, pois, as histórias de vida, valorizam a compreensão em relação a vivências e a experiências que tiveram lugar no decurso da história de vida de uma pessoa. Inês constituiu assim um caminho heurístico que vê o universal através do singular, procurando o objectivo através do subjectivo, o geral através do particular. Na sua construção procuramos articular o vai e vem dialéctico da teoria para a prática, da prática para a teoria, a história de Inês e dos autores que constituem o nosso quadro de referências, mediante a análise interpretativo-compreensiva dos discursos a fim de identificar e compreender as estratégias utilizadas no seu dia a dia de contacto com doentes terminais. Com esta dissertação pretende-se assim trazer para o campo das ciências sociais e da saúde, o debate sobre a experiência de cuidar de doentes terminais